Oh, inverno saudoso, das manhãs de névoa sublime e clara,
que escondem por minutos a aparição do sol, inverno que aconchega, que chama os
amigos para perto, que inspira os corações solitários e que enche de amor os
apaixonados...
O que seria de nós sem o inverno, que retrata o frio do
fundo da alma, o frio de quem sente medo, o frio de quem erra, e o frio de quem
é humano.
As mantas, as toucas, as rodas de chimarrão ao redor da
lareira ou do fogão a lenha para nos aquecer junto aos amigos, aqueles amigos que
dividem com nós os momentos ímpares que vivenciamos para construir nossa
história, nosso legado aqui na terra.
O inverno é mais que uma estação fria e chuvosa, é amor, é
paixão, ternura e gratidão, o frio dos amantes, dos adolescentes e dos jovens
estudantes, também dos trabalhadores que enfrentam dia a dia vários obstáculos.
Chuva que lava a alma, rega as plantas e que é uma amostra
de que Deus existe para os que moram no sertão. Sinal de prosperidade, e som
que compõe a mesma se transforma na mais pura orquestra da natureza, que cuja
musica invade nossa alma e cura todas as rugas que o tempo, a vida, as
tristezas e as batalhas criaram.
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