quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano novo e falta de criatividade


Bom, não vou ter como escrever na virada do ano, também não dou muita bola para essas comemorações, mas em respeito a todos aqueles que acompanharam meu blog e minha coluna no jornal, venho através deste desejar um feliz 2011, com saúde, dignidade, humildade, sinceridade, e respeito, o resto é conseqüência do sucesso dos valores que citei a cima.
Quero agradecer primeiramente a Deus, por todas as oportunidades que ele me deu, por ter me dado força para conquistar meus objetivos, e claro, agradecer a ele, por ter me dado alguns amigos, aqueles amigos que são considerados irmãos, hoje dia 30 de dezembro de 2010 eu estou em meio a uma correria, malas, grana, preparativos, enfim, tá meio foda de escrever um texto de qualidade, mas meu objetivo eu atingi, aqueles que sabem minha forma de escrita irão entender que é de coração, e que realmente eu desejo e me importo com eles.
Obrigado e espero que em 2011 possa continuar contando com vocês, meus amigos!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A alegria de me sentir vivo


Uma leve brisa gélida embalava as folhas das árvores naquela tarde chuvosa de domingo na França enquanto eu ficava deitado no tapete que havia na sala de estar da casa onde eu passei grande parte de minha vida, o tapete era bem aconchegante, lembro que nas tardes que havia sol, eu chegava da escola e ficava deitado no mesmo esperando o almoço, olhando a poeira dançando dentre os raios de sol que entravam pela janela, mas naquele tempo ainda eu podia ficar um longo período olhando aquele ‘teatro’ da natureza, hoje a vida corre, mal tenho tempo para cuidar de mim mesmo, quem dirá dos fenômenos que acontecem, mas estava de férias, aliás, eram os últimos dias de férias, os últimos dias em que poderia ficar naquela casa, porém fazia certo tempo que o sol não aparecia, era inverno, dias nublados, fazendo com que não conseguisse olhar e lembrar da tal dança da poeira que eu gostava tanto enquanto criança.
Eram 16h30min da tarde, a chuva tinha dado uma trégua, porém o vento gélido havia continuado, então resolvi sair um pouco, caminhar, ver se encontrava alguém na rua, me dirigi à um parque a qual meu avô me levava para andar de balanço, entretanto não havia ninguém lá, somente as folhas e o vento, já quase desistindo de encontrar algum ser humano naquela tarde, percebo que no horizonte havia uma menina caminhando na minha direção, ela estava distante, seus cabelos tinham uma tonalidade indescritível, eles ficavam se movendo de acordo com o vento, e com o andar da tão bela moça, de sorriso angelical, quanto mais ela se aproximava mais eu conseguia observar o quão linda ela era, pele de boneca, seu sorriso era como o de mona lisa, um pouco misterioso, um pouco tímido, um pouco provocante, realmente chamaria a atenção de qualquer homem que o visse, porem só estava eu e ela no parque naquela tarde, meu coração começou a bater forte, pois sempre tive vergonha de dialogar com mulheres que eu não conhecia, a minha respiração aumentou, a boca secou, e então aquela bela moça iria passar em minha frente quando resolvi soltar um tímido e gago:
- O-o-o-olá
- Oi, boa tarde, desculpe, nos conhecemos?
- Acredito que não, havia certo tempo que eu não voltava à cidade.
- Pois então, comigo o mesmo, aproveitei as férias para vir visitar meus pais, mas que tempo chatinho não?!
- Para mim até que nem tanto, eu gosto da chuva, só que em excesso é ruim, risos.
Mas tu estavas indo a algum lugar?
- Sim, aproveitei a trégua da chuva para tomar um café...
- Posso lhe acompanhar?
- Claro, porque não? Amizades novas sempre são bem vindas ainda mais em uma cidade com poucas pessoas como essa...
Então a acompanhei no café, papo vai, papo vem, descobri nela não só uma menina linda, mas um gênio esplendido, uma menina com planos, objetivos de vida, coisas que realmente me fascinam, então entre um papo envergonhado e tímido, fomos nos conhecendo mais, marcamos outros encontros no decorrer daquela semana, então em uma quinta feira quando fui me despedir dela para ir para casa, ela me deu um beijo, minha timidez jamais deixaria eu pedir aquilo, mesmo querendo, então depois do beijo ficamos mais algum tempo conversando, na minha cabeça não passava nada, além daquela maravilhosa sensação um pouco difícil de descrever, mas que parecia que o tempo havia parado, que éramos só nós dois, que nenhum problema existia, então depois de algum tempo ali, com aquela sensação inexplicável eu realmente precisava ir embora, depois daquele dia ela me disse que não poderíamos mais termos aquele tipo de aproximação, pois as férias estavam acabando e iríamos embora, o que seria bem difícil caso estivéssemos apegados.
Bom, aquelas palavras proferidas entre tão belos lábios realmente foram um pouco pesadas, entretanto, sempre segui uma filosofia de vida que consiste em que minha vida não é definida pelos momentos em que respiro, mas sim nos momentos em que perco o fôlego, ou seja, eu gosto de adrenalina, gosto de me arriscar, mesmo sabendo que posso colocar tudo a perder, eu gosto de sentir no sangue a alegria de viver, e talvez a dor da perda de alguém, isso tudo me faz sentir vivo, sentir a vida, aprender, amadurecer, evoluir, expliquei isso a ela, e com um aspecto de medo, ela respondeu que aceitava, mas que tínhamos que nos cuidar, então aproveitamos o restante das férias juntos, e posso falar que até hoje foram os melhores dias de minha vida, a dor da perda não foi tão forte quanto à alegria de poder viver aquilo tudo, e se hoje tivesse chance de mudar algo, não mudaria nada, nenhuma palavra, repetiria tudo novamente, pode parecer um ‘masoquismo’ ou até mesmo suicídio, mas somente quando estamos sentindo alguma dor, ou estamos perto da morte, que olhamos para trás e conseguimos dar valor a tudo que temos, acho que esse é mais um motivo que eu uso para gostar de tal adrenalina, não gosto de sofrer, até hoje nunca sofri, mas sei que existem caminhos que nos levam a esse sentimento tão ruim, mas acho que a felicidade tem um preço, de vez em quando ele é alto, de vez em quando ele é baixo, entretanto sempre vale a pena pagarmos, nem que seja para sermos felizes por alguns instantes, ou alguns anos, a euforia da felicidade de estamos fazendo o que gostamos, com quem queremos, e quando preferimos supera a dor de qualquer perda, e nos faz ficarmos mais fortes, só assim nos tornamos mais humanos e menos irracionais.
Claro, quando fomos embora eu sabia que era quase impossível revê-la porem sabia que aqueles momentos que passamos juntos ficaram marcados para sempre, e que mesmo sem ver seu rosto novamente, poderia sentir seu cheiro, poderia lembrar do vento batendo em seu cabelo, poderia lembrar do seu sorriso, sentir seu abraço apertado, pois o amor não é somente de corpo, mas sim de alma, e é de alma e sentimentos que somos compostos, e é a eles que devemos alimentar e cuidar, por isso eu digo com certeza, que vale a pena arriscar, sempre, em qualquer coisa, mesmo sabendo que podemos perder tudo, somente assim damos valor ao que temos, e sentimos o gostinho de estarmos vivos em mundo tão louco que tudo acontece, e pouca coisa conseguimos explicar!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ao 3º E.M.B 2010


Caros colegas é com imenso orgulho que escrevo este texto, pois bem, eu caí de para quedas praticamente nesta turma, não conhecia quase ninguém, no começo do ano, meu único objetivo era me formar, não queria fazer amizade alguma dentro da turma, mas com o passar do tempo, fui criando várias amizades, fui mudando conceitos sobre algumas pessoas, e acredito que não só comigo aconteceu isso, mas com a maioria da turma.
Sei também que a maioria da turma, acha os outros colegas infantis, ou achavam, pois com o tempo passando, as coisas foram mudando, no começo não éramos nenhum pouco unidos, agora chegou final do ano, todo mundo dando cola para todo mundo, a galera sendo parceria nos trabalhos, sendo sincero um com o outro, e o fato de dar cola, pode não parecer, mas é porque queremos o bem dos outros, é porque gostamos das pessoas, considero hoje, dia 3 de dezembro de 2010 o 3º E.M.B uma família, pois passamos por tantas dificuldades juntos, tantas broncas, e somente com a união e o respeito de todos conseguimos superar isso, sempre disse e repito aqui, o respeito é o maior e mais conceituado valor, todos nós queremos ter a liberdade, mas a liberdade sem limites acaba passando a margem do respeito, então devemos respeitar para sermos respeitados e assim sermos livres, e hoje, vejo que a turma se respeita, que tentam se entender, que acobertam as ‘vagens’ dos outros, que ninguém conta quando alguém está matando aula.
Sim, foi um ano longo, com várias ‘pendengas’, mas sinceramente, eu como repetente, achei esse ano, o mais fácil de todos, pois tive o apoio sincero e humilde de verdadeiros colegas, trabalhamos como se fossemos uma equipe, e é assim que são constituídas as famílias, não?!
Chegou dezembro, o mês tão esperado, a formatura, o fim de uma etapa da vida, e o começo de outra, e nesse mês quero agradecer à todos vocês, pela tamanha consideração que tiveram um com os outros, e principalmente agradecer a sinceridade e a humildade da turma, tendo em vista que hoje estes valores são raros, e eu admiro quem faz o uso dos mesmos, então parabéns, e obrigado por tudo, espero poder ver vocês em alguns anos, passando de carro por mim no centro e dando aquela buzinadinha esperta, e espero também que continuem evoluindo, não só fisicamente, mas espiritualmente e intelectualmente, pois o real sentido da vida é esse, EVOLUÇÃO!
A foto que vou colocar a cima deste texto particularmente é a foto mais legal da turma, e merece ir para a formatura, 80% da galera fazendo sinal de ‘heavy metal’, é nós!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Clube da luta e pessoas que controlam tudo


Bom, ontem finalmente eu olhei o filme ‘O clube da luta’, particularmente achei o filme ruim, sei lá, é bem confuso para duas horas de duração, porém a mensagem que ele traz é legal, e necessária.
As pessoas hoje, com toda a velocidade do mundo, computadores, celulares, despertadores, relógios, acabam ficando totalmente controladoras, gostam de ter controle de tudo e de todos, principalmente do tempo, nos transformamos em robôs, que só conseguem fazer as coisas se estivermos programados para realizarmos tal feito.
O filme trás a mensagem que devemos deixar as coisas rolarem ao natural, deixar o tempo fazer o papel dele também, que nós somos simples seres humanos e não somos especiais em nada, e que não podemos ter controle sobre o tempo.
Sei lá, o povo acha que pode controlar tudo e todos, por isso estamos com o mundo assim, confia-se uma vida numa maquina, acabamos nos tornando dependentes da tecnologia, ao invés dela nos servir, nós é que a servimos, a felicidade não se encontra em termos bens materiais, em termos um guarda roupas cheio, um sofá legal, mas sim o que fazemos, isso sim nos define, por enquanto todos nós estamos sendo soldados da tecnologia, ela manda, nós compramos, e muitas vezes nem precisamos, mas acabamos comprando para na ficar de fora da ‘novidade’.
Mas bem, eu indico o filme com o propósito da galera refletir, e assim mudarmos aos poucos, tendo em vista que a mudança está dentro de cada um de nós, e para mudarmos o mundo, basta fazermos algo para isso acontecer.
Um bom final de semana a todos.